A escola de economia criativa co.liga foi lançada ontem (25) na capital do Maranhão, São Luís, com a presença do governador do estado, Carlos Brandão; da secretária Estadual da Juventude, Tatiana Pereira; da coordenadora de Projetos Especiais da Organização de Estados Ibero-americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura no Brasil (OEI), Sandra Sérgio; do secretário-Geral da Fundação Roberto Marinho (FRM), João Alegria, e centenas de estudantes.
Agradecendo a parceria com a OEI e a FRM para a implantação da co.liga, o governador destacou a importância de dar oportunidades aos jovens para se capacitarem e entrarem no mercado de trabalho. “Nessa plataforma co.liga, que estimula a economia criativa, você sai do Maranhão e vai pro mundo. Muitos jovens aqui, que já foram capacitados, já estão trabalhando para empresas na Inglaterra, na França, na Alemanha. Cabe ao governo ampliar essa oportunidade”, declarou.
A coordenadora de Projetos Especiais da OEI ressaltou a importância de estabelecer parcerias com entidades públicas e privadas para ampliar o alcance da Co.liga, beneficiando jovens de todo o país. “Quando a gente faz essas parcerias com o governo federal, com os governos estaduais e o terceiro setor, a expectativa é que a gente possa proporcionar aos jovens, principalmente àqueles em situação de vulnerabilidade social e econômica, o acesso à co.liga. Que esse jovem possa encontrar ali um horizonte para a entrada no mercado de trabalho”, disse Sandra Sérgio.
No Maranhão, 1.800 estudantes de 128 municípios já acompanham as atividades antes mesmo do lançamento oficial da plataforma no estado, protagonismo destacado por João Alegria, da FRM: “Curiosamente, o estado do Maranhão, desde o início da coliga, de 2021 para a 2022, tem uma concentração grande de jovens maranhenses. Estamos muito felizes porque nas primeiras avaliações de egressos percebemos que ela está chegando exatamente a quem mais precisa: a grande maioria são jovens que estão em situação de maior vulnerabilidade. Nós entendemos que estamos mais próximos das pessoas que precisam ser contempladas pelas políticas afirmativas para que possam, efetivamente, terem mais igualdade de oportunidades”, declara.
Dentre os 20 mil integrantes da co.liga, uma das beneficiadas pelo projeto é Samária Passos: “Os cursos (fotografia e rede social) me ajudaram a identificar o que eu queria e me orientaram sobre as técnicas e como poder atuar profissionalmente”, contou. Aluna desde 2021, contabiliza mais de dez trabalhos realizados no setor de audiovisual desde a formação, muitos vindos por meio da plataforma da escola.
Escola conecta jovens às oportunidades nas empresas
A co.liga oferece 38 cursos gratuitos e on-line nas categorias de Artes Visuais, Design, Multimídia, Música, Patrimônio Cultural e Temas Transversais que dialogam com outros segmentos da Economia Criativa, além de ser um espaço de conexão com o mercado de trabalho no setor.
Após um ano de lançamento, celebrado em novembro do ano passado, a escola já reúne mais de 20 mil alunos matriculados, tendo emitido mais de 4 mil certificados. Está presente em 26 Estados e no Distrito Federal, em sete países (Espanha, Portugal, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Angola, Moçambique e EUA) e conta com 12 laboratórios distribuídos pelo Brasil, em parceria com organizações locais. A iniciativa é resultado de uma parceria da Organização de Estados Ibero-americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura no Brasil (OEI) com a Fundação Roberto Marinho e já se consolidou como um canal de formação profissional e inclusão produtiva para juventudes, especialmente das classes C, D e E.
Os conteúdos da co.liga foram desenvolvidos por nomes reconhecidos em suas áreas, e entre as opções segmentais estão desde fotografia, design para web e roteiro audiovisual até turismo para cidades criativas, passando por produção musical, produção de infográficos e muitos outros. Todos os cursos são on-line e gratuitos: cada estudante escolhe sua trajetória e acessa quando e onde puder, por celular ou computador.
No eixo do trabalho, a escola promove a conexão dos estudantes com o mercado: empresas, gestores, produtores, desenvolvedores e empreendedores ‘coligados’ vão oferecer, na própria plataforma, oportunidades de trabalho para os estudantes, a partir de uma rede de parcerias estratégicas organizada pela co.liga. Os estudantes também poderão compartilhar seu portfólio na plataforma coliga.digital.