Atuais demandas da indústria exigem uma nova formação profissional
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Plano de Retomada da Indústria da CNI apresenta propostas concretas para a reindustrialização do país
Inteligência artificial, internet das coisas, big data, palavras que ouvimos diariamente. Mas o que tudo isso tem a ver com a indústria? Foi para dar essa resposta que a Confederação Nacional da Indústria, CNI, lançou neste ano o Plano de Retomada da Indústria, apoiado em bases modernas e alinhadas com as atuais demandas do mundo global.
O Plano apresenta medidas que contribuem para a modernização dos processos produtivos, redução dos custos de produção e a inserção das empresas brasileiras no mercado global e prevê quatro grandes missões: transformação digital; economia verde e descarbonização; defesa e segurança nacional e saúde e segurança sanitária.
O objetivo é que as propostas apresentadas no Plano de Retomada da Indústria possam subsidiar novas políticas e a agenda de cooperação internacional em temas relevantes, a partir do desmembramento das missões atuando no combate às mudanças climáticas, na descarbonização da economia, na digitalização de processos produtivos e da gestão empresarial, na proteção ao meio ambiente, na segurança alimentar e nas desigualdades sociais.
Indústria 4.0
A transformação digital foi o grande fator que contribuiu para as mudanças que levaram à era da indústria 4.0, que é marcada pela digitalização de diferentes tarefas, muitas delas executadas por meio de máquinas ou sistemas informatizados.
Segundo Felipe Morgado, superintendente de Educação Profissional e Superior do SENAI/DN, o que define a indústria 4.0 é a conexão da indústria com o consumidor. “Várias tecnologias impactam diretamente a linha de produção, o que faz com que a indústria possa customizar a necessidade de atender a necessidade do consumidor”.
Outra formação, novos profissionais
E, pensando nessa nova indústria, é indispensável que se idealizem novos profissionais e, consequentemente, uma nova formação. De acordo com o superintendente do SENAI, as habilidades que as indústrias estão exigindo são relacionadas a soluções de problemas complexos, ao pensamento crítico, à criatividade e à inovação.
Para Felipe Morgado, um profissional precisa estar preparado para enfrentar os desafios digitais: “ele precisa de uma formação mais robusta, uma formação mais customizada. Um profissional preparado pro futuro do trabalho é um profissional que desenvolve tanto as habilidades técnicas quanto as habilidades socioemocionais, mas, principalmente, que consiga aprender a aprender para atender às transformações digitais que estão acontecendo”, explica.