Primeira Infância: Agosto Verde reforça o cuidado com o desenvolvimento integral da criança
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Em um mundo tão acelerado e hiperconectado, criar momentos de pausa em que possamos estar presentes com nossas crianças é cada vez mais raro. Mas são justamente esses instantes de escuta ativa e afeto, sem celulares à mão, que fortalecem vínculos e potencializam o desenvolvimento integral da criança, sobretudo na Primeira Infância.

O que é Primeira Infância e por que ela é tão importante?
A Primeira Infância vai do nascimento até os 6 anos de idade e é o período em que o ser humano se desenvolve de forma mais intensa e acelerada.
Já parou para pensar em quanta coisa uma criança aprende nos primeiros anos de vida?
Aprender a engatinhar, andar, comer sozinho, falar, brincar, contar histórias. Podem até parecer tarefas simples, mas demandam um trabalho cerebral intenso.

Até os 6 anos:
- O cérebro realiza cerca de 1 milhão de sinapses por segundo;
- 90% das conexões cerebrais são estabelecidas;
- Competências essenciais são construídas e têm impactos para toda a vida.
Agosto Verde: mês da Primeira Infância
Instituído por lei federal em 2023, o Agosto Verde também é conhecido como Mês da Primeira Infância.
A campanha visa mobilizar a sociedade e ampliar o debate sobre a necessidade de garantir políticas públicas e ações que priorizem o desenvolvimento integral das crianças (físico, cognitivo, social e emocional).
Por que investir na Primeira Infância transforma a sociedade?
Garantir uma Primeira Infância saudável é investir em uma sociedade mais justa e equitativa, além de ser uma estratégia eficaz para acabar com os ciclos de pobreza.

- O economista e vencedor do Prêmio Nobel,James Heckman, aponta que cada US$ 1 investido nessa fase gera retorno anual de US$ 7 ao país.
- Segundo o Banco Mundial, o PIB do Brasil poderia ser até 158% maior se todas as crianças desenvolvessem suas habilidades ao máximo e o país alcançasse o pleno emprego.
Para Claudia Xavier, gerente educacional da Fundação Bradesco, investir nesta fase é transformar e compôr o amanhã.
É nessa fase em que a criança observa o mundo, experimenta, vive e aprende como se relacionar e aprender seus valores principais.
Claudia Xavier, gerente educacional da Fundação Bradesco
Brincar é coisa séria (e importante para o desenvolvimento integral)!
A ida ao parquinho é muito mais que diversão. O brincar é parte fundamental do desenvolvimento integral da criança e começa ainda no período intrauterino.
Cláudia explica:
“O bebê vai tendo as sensações e os estímulos de uma forma muito lúdica e interativa com o mundo externo. Quando ele nasce, é por meio das brincadeiras com a mãe, com a avó e ouvindo as cantorias que ele vai conhecendo o mundo.”
Nas escolas da Fundação Bradesco o brincar, seja dirigido pelos(as) educadores(as) ou livre, está inserido no currículo.

É no contato com a natureza, usando sua imaginação para se transformar em um super-herói, no seu animal preferido ou num professor que tanto admira que a criança vai adquirindo habilidades, como:
- compartilhar;
- lidar com frustrações;
- exercitar a criatividade;
- reconhecer o outro e a si mesma,
- desenvolver habilidades motoras e sociais
“É brincando que a criança aprende a perder, a dividir seu brinquedo, aprende a se relacionar, então traz toda a integralidade do ser”, reforça a gerente educacional da Fundação Bradesco.
Primeira Infância: alicerce do futuro
O Agosto Verde nos lembra que cuidar da Primeira Infância também é cuidar do futuro da sociedade.
E mais que isso: reforça a importância de garantir que os direitos fundamentais da criança (à saúde, à educação, à alimentação saudável e a um ambiente seguro) sejam respeitados todos os dias.
Claudia Xavier faz um apelo:
“Que essa campanha não comece e termine em agosto, que de fato a sociedade cuide das suas crianças como um investimento do futuro e um futuro que está aqui conosco no presente.”
Porque cada gesto de cuidado e cada oportunidade na Primeira Infância são sementes de um futuro mais justo, humano e sustentável.