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Notícia: Cultura digital nas escolas: o que é e como desenvolver a fluência digital?

Cultura digital nas escolas: o que é e como desenvolver a fluência digital?

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Um menino deitado em uma cama mexendo em um celular

Adultização, cyberbullying, vício em redes sociais e exposição a conteúdos nocivos. Esses são alguns dos riscos que as nossas crianças e adolescentes enfrentam cada vez mais cedo na internet.

A importância de ter uma cultura digital nas escolas (e em casa) precisa deixar de ser apenas uma diretriz curricular e passar a fazer parte do dia a dia na sala de aula e da rotina familiar. Mas como?

Riscos online: por que falar sobre o que é cultura digital

24% das crianças no Brasil começam a usar a internet antes dos 6 anos, de acordo com a pesquisa TIC Kids Brasil. O estudo também mostra que 3 em cada 10 crianças e adolescentes entre 9 e 17 anos já enfrentaram situações ofensivas ou discriminatórias online. 

O contato tão cedo com o mundo digital torna urgente refletir sobre o que é cultura digital e como escolas e famílias podem criar espaços seguros de aprendizagem, diálogo e proteção. Mais do que ensinar a usar as ferramentas digitais, é preciso preparar cidadãos críticos, empáticos, conscientes e responsáveis sobre esse uso. 

Afinal, qual o papel da escola e da família?

Barbara Frasseto, líder de Inovação na Fundação Bradesco, reforça a importância da fluência digital como uma habilidade essencial

“O papel da escola é ir além da familiaridade digital, é fazer com que o aluno saiba usar uma ferramenta e ter fluência digital, ou seja, ser crítico em relação àquela utilização, saber quais os limites (não só para ele, mas para o uso coletivo), além de ter responsabilidade. Já a família tem o papel de fazer o acompanhamento da criança e trazer questões sobre o uso saudável.“

Barbara Frasseto
Barbara Frasseto destaca a importância de desenvolver a fluência digital como parte da formação crítica de alunos, escolas e famílias. Foto: Acervo Pessoal

Barbara lembra que o cérebro das crianças e adolescentes ainda está em desenvolvimento. Por isso, eles podem se colocar em situações de perigo sem perceber. A presença de um adulto por perto para conversar e orientar sobre os perigos e caminhos seguros no mundo digital é fundamental.

Cultura Digital como competência geral da BNCC

A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) já reconhece a Cultura Digital como uma competência geral, mas a sua aplicação prática ainda é um desafio para escolas e professores.

Segundo Barbara, um dos principais desafios é definir se a cultura digital vai ser trabalhada como um componente transversal (que pode estar presente em uma atividade de português ou matemática, por exemplo), ou como um componente específico, com aulas mais dedicadas sobre o tema.

A imagem mostra duas crianças em uma sala de aula usando um computador com o auxílio de uma educadora

Independente do formato, a especialista reforça que a cultura digital precisa ser trabalhada em diferentes etapas da escolaridade do(a) aluno(a), de forma contínua e planejada.

“É importante definir quais habilidades serão trabalhadas ao longo do ano e em diferentes etapas. Como a tecnologia é muito dinâmica, o que vivenciamos hoje pode ser diferente do que foi planejado no início do ano. Por isso, é preciso uma avaliação contínua e crítica sobre as novidades na tecnologia.”

ChatGPT para fazer trabalhos escolares: por que não?

O uso de novas tecnologias e ferramentas de IA, como o ChatGPT, já faz parte da vida dos estudantes. Para Barbara, o papel da escola não é proibir, mas sim orientar o uso responsável e consciente:

Aspas

É preciso trazer um cunho pedagógico de forma consciente para o uso de novas tecnologias, como o ChatGPT, por exemplo. Não dá para banir ou dizer que o aluno é proibido de usar até porque eles já usam no dia a dia e vão usar no mundo do trabalho.

Barbara Frasseto, líder de Inovação na Fundação Bradesco

Aspas

Democratização no acesso à cultura digital

Não é só o(a) estudante que deve estar preparado para lidar com a tecnologia: pais, famílias, educadores e toda a comunidade também devem compreender o que é cultura digital e como apoiar jovens nesse processo. 

A imagem mostra uma mulher e uma criança compartilhando um tablet

Para promover formações de qualidade e democratizar esse acesso, a Escola Virtual da Fundação Bradesco oferece mais de 170 cursos gratuitos voltados para educadores, jovens e famílias.

Entre os destaques está o curso de Inteligência Artificial, que contribui para preparar estudantes e professores para os desafios contemporâneos:

👉 Acesse o curso gratuito de Inteligência Artificial

Afinal, a fluência digital não é apenas um tema escolar mas uma competência para a vida e precisa estar ao alcance de toda a sociedade.

De olho no futuro: tendências em educação e cultura digital

Para os próximos anos, Barbara destaca que o uso pedagógico da inteligência artificial ganhará cada vez mais espaço nas salas de aula. Isso exigirá professores capacitados sobre o uso consciente dessas tecnologias.

Quanto mais avançamos no uso das tecnologias, mais as competências socioemocionais como empatia, colaboração, pensamento crítico e trabalho em equipe são fortalecidas.

Aspas

Quanto mais uso a gente fizer de tecnologias, mais as competências humanas serão fortalecidas. Afinal, são justamente essas habilidades que nenhuma inteligência artificial é capaz de substituir.

Barbara Frasseto, líder de Inovação na Fundação Bradesco

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