Notícia: Dia dos Professores: dados, reflexões e experiências

Dia dos Professores: dados, reflexões e experiências

Dia dos Professores

Dia 15 de outubro é comemorado o Dia do Professor. Uma data de extrema importância para o Canal Futura e a Fundação Roberto Marinho que atuam há décadas na superação dos desafios da educação no Brasil sem deixar #nem1pratrás.

Em 2022, com a reabertura das escolas e a retomada do ensino presencial, celebrar o Dia dos Professores se tornou ainda mais especial. Foi durante a pandemia que educadores e educadoras de todo Brasil se mostraram ainda mais incansáveis e não mediram esforços para acolher e fazer com que seus alunos continuassem estudando.

A pandemia foi um período sem precedentes no país e trouxe enormes impactos na educação pública brasileira. Em 2021, cerca de 244 mil crianças e jovens entre 6 a 14 anos estavam fora da escola, um aumento de 171,1% se comparado com 2019, de acordo com a nota técnica “Taxas de Atendimento Escolar”, realizada pelo Todos pela Educação.

O trabalho dos professores foi fundamental para não tornar esse número ainda maior. E os estudantes reconhecem e valorizam essa importância. A maioria dos jovens concorda, mesmo que parcialmente, que os professores passaram a ser mais valorizados após a pandemia. É o que mostra a 3ª edição da “Pesquisa Juventudes e a Pandemia do Coronavírus”.

Valorização dos professores

Andréa Ignacio, professora da Unidade Escolar da Fundação Roberto Marinho, acredita que alunos e os pais viram de perto o desafio que é ensinar sem a figura do professor e, muitas vezes, com dificuldade de acesso à internet e sem local apropriado para estudar: “Esses desafios e dificuldades trouxeram a reflexão sobre a importância da escola e dos professores para formação e aprendizagem dos alunos, porém infelizmente esse reconhecimento não chegou financeiramente. O professor é um profissional que quer seu trabalho valorizado através da remuneração justa, cursos de formação e capacitação e condições de trabalho dignas. Essa é a valorização que esperamos.”, pontua Andréa.

Acolhimento dos alunos

Daiana Jardim, que também é professora da UE-FRM, acredita que a escola assumiu um papel ainda mais importante para os estudantes nesse período pós-pandemia: “A situação econômica do país está muito complicada. Eu tenho mais alunos com mais problemas de fome e problemas familiares do que antes. E isso faz da sala de aula um lugar de ainda mais refúgio, segurança e fortaleza para os estudantes”.

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“Após a pandemia, a sala de aula se tornou um lugar de ainda mais refúgio, segurança e fortaleza para os estudantes.”


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A professora Andréa acredita que todas essas dificuldades enfrentadas pelos estudantes tornaram o vínculo afetivo entre professor e aluno ainda mais forte: “Eu me senti mais próxima dos estudantes com a retomada das aulas presenciais. O isolamento trouxe carência, insegurança e problemas emocionais (crise de ansiedade e depressão). Além disso, o ensino remoto também gerou lacunas de aprendizagem. Foi muito importante acolher os alunos e atender a demanda deles de estar mais próximos para ouvi-los e ensinar com calma e deixando-os tranquilos”, comenta a professora.

O que te motiva a ser educadora?

Tanto Andréa quanto Daiana fazem parte dos 84% dos professores que acreditam no poder transformador da educação para construir uma sociedade com oportunidades para todos. O levantamento faz parte da pesquisa “O Bom Professor”, realizada pelo Instituto Península.

Quando perguntadas sobre a principal motivação em seguir a carreira docente, o afeto e esse potencial transformador da educação aparece em ambas as respostas:

Professora Andréa: Amo essa relação que se constrói entre professor e aluno e saber que posso fazer parte da transformação de vida de muitas pessoas. Me motiva também ver o sorriso no rosto dos estudantes quando eles aprendem, vê-los felizes nem que seja no momento de sala de aula, pois sei que muitos deles têm uma vida muito difícil. É gratificante quando eles agradecem por um determinado momento de uma atividade proposta ou quando dizem que a melhor parte do dia deles é quando estão na escola. Me motiva as conquistas deles, quando descobrem seu potencial, o amor que recebo deles…essas coisas não tem preço!

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“Amo saber que posso fazer parte da transformação de vida de muitas pessoas.”


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Professora Daiana: Hoje eu recebi uma festa surpresa dos estudantes do ensino fundamental e conversei com eles sobre isso. O que me motiva a ser educadora é fazer com que eles percebam a potência que eles têm no mundo: o que eles podem mudar, o que eles podem transformar e o que eles podem ser!

Após tantos anos de magistério, pude acompanhar muitos estudantes formados e seguindo diferentes profissões como médicos, estilistas, dentistas, advogados. Quando o estudante se forma e alcança seu sonho é como se eu realizasse um pouquinho do meu sonho também de vê-los tão felizes, conquistando seus espaços. A educação precisa dar subsídios para que as pessoas sejam mais felizes. Após a pandemia, isso ficou ainda mais evidente para mim na minha missão enquanto educadora.

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“Quando o estudante se forma e alcança seu sonho é como se eu realizasse o meu sonho também.”


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